Simulador de Cabra 3 | Revisão – Uma sequência mais louca do que nunca

Sabe quando, em um momento de loucura comum, você é de alguma forma atraído pelo desconhecido a ponto de não se preocupar com o que pode encontrar à sua frente? Com Simulador de cabra 3, desenvolvido pela Coffee Stain Studios, é de fato impossível permanecer sério e impassível. Seja porque a ignorância é galopante em todos os lugares, seja porque ser cabra é divertido e não há um momento para respirar, o segundo capítulo desta franquia bizarra (e não o terceiro, como a equipe apontou ironicamente) continua a jornada para a loucura primeiro. realizada em 2014, data de publicação da produção homónima que apresentou ao panorama um videojogo que tirava sarro de tudo o que se fala frequentemente nas redes sociais. Muitas vezes irreverente e por vezes exagerado, Goat Simulator foi um videogame que alguém definiu de forma tão maluca que nem dá para avaliar.



Oito anos depois, porém, voltar ao papel da cabra mais famosa do mundo dos videogames tem sido inusitado, divertido e às vezes até mais exagerado do que eu lembrava. e naqueles dias a simulação de cabra definitiva parecia apenas uma grande, zombaria monumental e gigantesca. Mas é realmente só isso, ou há algo mais? Porque se eu aprendi alguma coisa no passado, é que às vezes é necessário explorar a mente dos desenvolvedores para entender o que realmente se esconde nas profundezas de seu subconsciente.

Certamente, posso confirmar que na psique de alguns deles há espaço para tudo, e já tive a confirmação disso no passado, interagindo com seu primeiro capítulo de forma completamente inconsciente, inocente e sim, inconsciente. Aqui, porém, eu já sabia de tudo: não estou isento de culpa, porque na minha experiência no Goat Simulator 3, e digo sem cerimônia, Eu fiz tudo o que me foi permitido, não limitando minha imaginação de forma alguma.



Simulador de Cabra 3 | Revisão – Uma sequência mais louca do que nunca

"No jogo da cabra ou você ganha ou bale"

Depois de iniciar o jogo, esqueça toda a seriedade. Se você está vindo de God of War Ragnarok, esqueça a relação de pai e filho entre Atreus e Kratos. E se você estiver jogando Pentimento entretanto, esqueça de ser companheiros em busca de iluminação (não, não de um eletricista). Resumindo, esqueça até o seu nome, o que você faz no dia a dia, e esqueça a dicotomia entre o bem e o mal, que aqui não há tempo para pensar nos outros. Você é uma cabra (não, pare, não estou te insultando) chamada Pilgor, uma ameaça reconhecida a qualquer modelo de polígono, texturas e bugs que você possa encontrar. Ele é, na verdade, o mesmo protagonista do capítulo anterior, que retorna para a ocasião em melhor forma do que nunca.

Nesse sentido, não passa um segundo e o primeiro elemento sem sentido da produção já está aí: estamos em uma carroça empurrada por um trator, no meio de uma fazenda habitada por camponeses e simplórios. Um retumbante "Ah, você finalmente abriu os olhos" e a mente, viajando para onze anos atrás, voltou para Skyrim e as aventuras do Dragonborn. O começo da aventura, justamente, começa assim, por não apresentar nada e por não dizer o que está acontecendo. De uma forma ou de outra, uma nova jornada se inicia, e a premissa da trama principal não deixa espaço para maiores interpretações. Aqui alguém deve ser coroado, e quem deve ser coroado é Pilgor, a cabra futura rainha das cabras, uma espécie de Cersei Lannister sem cetro e sem Wildfire, mas ao mesmo tempo capaz de semear pânico, destruição e algumas lambidas por todos os lados como só um quadrúpede sem consciência poderia fazer. E esse quadrúpede é o jogador, então estamos em boas mãos.



Embora a história de Goat Simulator seja marginal, ainda foi bom encontrar uma história por trás das aventuras de Pilgor, que neste ponto se torna um protagonista de pleno direito do cenário dos videogames, bem como uma estrela da cultura pop que, como Paddington, ele pode até tomar chá com o rei Charles da Inglaterra. Uma imagem que, para ser honesto, faria qualquer um rir alto, exceto a Rainha Camila. Nesse sentido, a produção dos desenvolvedores suecos abraça uma típica ironia irreverente, brutal e desenfreada, a mesma usada pelos Simpsons e pelos Griffins, com a única diferença que Pilgor, em resposta às reclamações dos cidadãos de San Agora, responde balindo, lambendo e fugindo, combinando infortúnios, desastres e arruinando um dia comum, transformando-o em uma grande festa cheia de acontecimentos malucos.

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A abordagem utilizada, muito superior ao seu antecessor, vê Pilgor protagonista de eventos tão loucos que é impossível contá-los todos, porque a cabra se vê desencadeando até mesmo eventos potencialmente perigosos. Já participei, e não me arrependo de apontar, numa missa satânica de sacrifício de espantalhos, na destruição de uma barragem semelhante e sim, até na explosão de uma bomba nuclear que ativei simplesmente por ogivá-la. Mas não é só isso, porque a equipe sueca, além de fazer tudo possível, também tira sarro dos gigantes de seu país, incluindo Ikea, que certamente dispensa apresentações.

Nesse sentido, Goat Simulator 3 é dividido em tarefas a serem enfrentadas no modo single ou multiplayer, com situações tão extremas que nem imaginava que o time materializaria sua própria loucura. Por outro lado, é fácil de entender: representar uma cabra é obviamente indisciplinado, mas é divertido, principalmente pelas muitas atividades a serem realizadas. A aventura, justamente, vê a protagonista entrando em uma mansão que define uma figura a ser alcançada para desbloquear um momento da história principal, que tem duração de seis horas, muito bom considerando a própria natureza da produção.



A duração real do jogo, porém, pode até aumentar cinco vezes com base no tempo gasto pelo jogador, que pode passar quinze ou cem, duzentas ou trezentas horas nele, literalmente fazendo o que quiser, entre situações no limite da consciência humana e momentos imprevisíveis. Goat Simulator 3 exagera tudo, mas exagera tanto que às vezes chega a ser absurdo demais. Não há limite, e como poderia haver, considerando tudo o que acontece?

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Goat Simulator 3, a bomba-relógio que só explode quando você "Beee"

O que poderia ser dito sobre a jogabilidade do Goat Simulator 3? Que é idêntico ao antecessor, mas isso não torna menos divertido, caciarone e completamente sem sentido como cada partícula na tela, que por si só já é suficiente para ganhar um espaço próprio e inconfundível. No entanto, Goat Simulator 3 é um videogame em terceira pessoa no qual o jogador move Pilgur pelo mapa do jogo. É uma caixa de areia, além de uma aventura maluca, que permite ao jogador interagir, faça e destrua qualquer coisa que esteja dentro do alcance, quebrando cercas, casas e lugares sossegados, devastando monumentos e outras loucuras desse tipo. A cabra poderá até lamber um personagem não-jogador, carregando-o e fazendo saltos e giros dignos de Yuri Chechi.

Pilgor bate em vitrines, pessoas e, se ameaçado, carros que ele agora também pode dirigir. Parece que a cabra, nos últimos oito anos, tirou sua carteira de motorista e se tornou uma espécie de CJ em Grand Theft Auto: San Andreas, porque ele também é capaz de roubar carros, pule sobre eles e percorra o mapa do jogo, realizando várias tarefas e gritando como uma subespécie de Toretto em uma crise maníaco-compulsiva. Como mencionei antes, Goat Simulator 3 oferece uma história e tarefas aleatórias para serem realizadas espalhadas pelo mapa, que podem ser ativadas simplesmente passando por cima delas.

Essas missões, úteis para aumentar o prestígio de alguém, são usadas para desbloquear novas áreas do castelo, que representa o centro nervoso do poder de Pilgur. Além disso, será possível aumentá-lo ao completar os instintos, pedidos simples e malucos que veem o protagonista dar uma cambalhota para frente, para trás ou escorregar no guarda-corpo de uma rodovia. Uma adição divertida, que zomba de Assassin's Creed e Far Cry de uma só vez, diz respeito às Towers of the Goat, ou estruturas que desbloqueiam tokens, pontos de interrogação e muitas outras áreas do mapa do jogo, com diferentes desafios a enfrentar, porém, em multiplayer com alguns amigos.

Simulador de Cabra 3 | Revisão – Uma sequência mais louca do que nunca

Divertida, variada e sempre louca, o setor multiplayer é de fato a novidade mais interessante, com missões diferentes das multijogador, mas igualmente assustado. O modo dá espaço para quatro jogadores causarem travessuras em todo o mapa do jogo. Tal como no capítulo anterior, Goat Simulator 3 também permite uma excelente personalização de Pilgor, com a cabra que pode usar fantasias de palhaço, cubos de gelo em vez de patas e um canhão capaz de devastar tudo o que estiver ao seu alcance. À medida que avança, você também pode escolher outros personagens além de Pilgor e jogar como um tubarão-martelo, um leitão e, sim, até um espantalho.

O trabalho, porém, tende a se tornar monótono após dez horas de jogo, levando inevitavelmente o jogador, uma vez limpo todo o mapa, não ter mais nada para fazer. E é aqui que entram os conteúdos multijogador e adicionais, que não podem faltar no futuro da produção. Em suma, a interface com o Goat Simulator 3 é uma jornada bastante particular: não é uma obra que pretende surpreender, mas simplesmente divertir, porque seu design de jogo é deliberadamente escolhido para ser tosco e fácil de abordar para qualquer um que esteja curioso sobre ele.

Feio, sim, mas bom

Esqueça a direção artística de primeira, pPor que o Goat Simulator 3 é tudo menos um videogame bonito. Concentrando toda a sua energia em se tornar um videogame que tira sarro do meio e até da cultura pop, não oferece cenários dignos de nota ou vislumbres memoráveis ​​capazes de fazer qualquer um gritar com o milagre. Graças a um lado técnico coxo, entre interpenetrações e bugs que por vezes nos fazem rir, Goat Simulator 3 é de facto uma produção optimizada de forma algo superficial. Nada sério, claro, porque a experiência não é prejudicada por essas questões, ainda a produção precisa de um ajuste desse ponto de vista. O antecessor, por outro lado, não brilhou, mas aqui a situação certamente melhorou.

  • Goat Simulator 3, quer você ame ou odeie, é uma produção que não se leva a sério e tira sarro de tudo que está ao seu alcance, lidar com questões de forma irreverente e não filtrada, descendo para a parte do videogame que quer ser feio a todo custo, mas que de alguma forma consegue render horas de diversão, risadas e situações absurdas, incluindo críticas sociais, políticas e internas ao meio. Uma cabra pode torcer tudo, bem como uni-lo. Então elogie a cabra. Louvor à rainha das cabras.

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